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Sesc Festclown atinge maior idade em 2021 com plateias cheias e reencontro dos artistas com o público

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Publicado em 15/11/2021 22h00 - 1 Atualizado em 16/11/2021 00h00

Os tão sonhados 18 anos chegaram. Em 2021, o festival de palhaçaria Sesc Festclown voltou aos palcos com apresentações que ocorreram entre 4 e 7 de novembro, em várias cidades do Distrito Federal. O reencontro entre artistas, público e os teatros do Sesc foi marcado por muita emoção, risos e esperança de quem acredita na retomada das atividades e da normalidade. Depois de quase dois anos, a proposta do festival trouxe novos diálogos, artistas da cidade e do Brasil e ampliou o acesso aos espetáculos, espalhando gratuitamente humor e palhaçaria. 


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O diretor regional do Sesc-DF, Valcides de Araújo da Silva, ressalta que não é tarefa fácil manter uma história tão longeva e bem sucedida como esta e comemorou o retorno do festival. “Este sucesso é resultado do esforço coletivo da grande equipe do Sesc-DF, com a participação fundamental dos artistas, e sobretudo, pela generosidade do público, que abraçou este projeto desde a sua primeira edição em 2003”, contou Valcides.

Um dos festivais mais reconhecidos da América Latina na área circense, o Sesc Festclown abriu portas para o reconhecimento de diversos artistas circenses, produtores e agentes culturais. O Coordenador de cultura​ do Sesc-DF, Alexandre Costa, ressaltou que, embora o evento seja marcante pela troca de conhecimento e intercambio, a edição de 2021 será lembrada pelo reencontro. “Foi um momento muito emocionante de reencontro do artista com o público, do público com os nossos teatros, das nossas equipes com os artistas e com o público. Porque as nossas equipes também estavam ansiosas por esse momento de retomada. Nós acreditamos que a partir do Festclown conseguimos enxergar uma retomada e uma normalização das atividades, torcendo para que essa retomada aconteça daqui para frente de forma real”, disse Alexandre. 



Neste ano, a edição do festival contou com público reduzido por causa das determinações de segurança impostas por necessidade da pandemia. Mas isso não foi motivo para desanimar uma plateia que praticamente esgotou os ingressos que foram disponibilizados. Tales Borra é bonequeiro, mamulengueiro há 5 anos e frequentador de várias edições do Festclown. Ele esteve no espetáculo de abertura e comemorou o retorno do evento. “Escolheram um ótimo espetáculo de abertura. É um evento que resgata o circo antigo. A essência do circo. Ao contrário do que estamos acostumados a ver por aí em circos que mostram coisas que não trazem aquela palhaçaria tradicional. E o Sesc vem resgatar isso”, disse Tales.​​​

Ansiosos por cada apresentação, o público deu boas gargalhadas com espetáculos como “​Ordinários”, do grupo Lamínima (SP), brincadeiras de raiz com o grupo Raiz de Circo (DF), Fulano e Sicrano do Centro Teatral Etc e Tal (RJ) e muito mais. Foram selecionados 16 espetáculos, sendo 10 grupos locais e 6 regionais.

Gratidão dos artistas 

O palhaço Mandioca frita, do grupo Raiz de Circo, participou da edição em 2021 e disse que o Festclown promove a linguagem de diferentes culturas de palhaços do Brasil e do mundo. “É um festival muito importante. Com esse modo pós-pandemia, a gente teve esse modo diferente, mas muito importante. Porque é um festival que além das pessoas poderem conhecer a linguagem do palhaço e da palhaça, também traz conhecimento de pessoas do Brasil inteiro que nem imaginamos existir. Tem minha linguagem aqui, eu sou um palhaço tradicional, palhaço de rua. Mas tem outras linguagens que também são importantes tanto na rua como no teatro e que são mostradas no Festclown”, disse.

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Outro que também integra o grupo é o palhaço Aipim. Ele conta que a retomada do festival significa um respiro para quem está “louco” para voltar aos palcos e teatros. “É um evento muito especial para quem faz arte, para quem não faz e para quem é palhaço. Nesse momento de retomada, nada melhor que um festival de palhaço, de graça, que as pessoas podem sair de graça, se divertir com segurança e respirar um pouco”, contou Aipim. 

A palhaça Macaxeira completa o trio do grupo Raiz de Circo e fez questão de agradecer pela realização do festival. “Uma coisa muito importante é a gente levar o circo depois de um momento tão difícil que todo mundo passou junto. Poder levar sorriso, porque o Festclown é importante por não estar só no centro da cidade. Ele está nas unidades das periferias”, disse.